sem negociação

Hospital Casa de Saúde deve encerrar o ano com maternidade fechada

Thays Ceretta

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)/Maternidade está fechada desde o dia 1º novembro

O ano está terminando e, com ele, a espera pela reabertura da maternidade do Hospital Casa de Saúde, em Santa Maria, parece estar longe de terminar. Os médicos do setor ainda aguardam uma resposta por parte da direção desde o dia 30 de novembro, quando terminou o prazo do acordo feito em uma assembleia. A intenção era quitar o que estava atrasado e apresentar uma alternativa para que isso não se repetisse, mas nada foi feito. Os profissionais da maternidade, que pararam as atividades e romperam os contratos em novembro, estão com os salários dos meses de agosto, setembro e outubro em atraso. Conforme o médico ginecologista e obstetra da maternidade Manoel Souza Júnior, desde o dia 29 de novembro, a direção está com a proposta do novo contrato da categoria, porém, não obteve retorno.

- O serviço está pronto, a turma, pronta, mas, quanto mais demora, mas se desmobiliza, mais difícil de voltar. Pode ser que termine o ano, e a gente não volte. É quase certo que isso vai acontecer - afirma Manoel.

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Na tarde de quinta-feira, o médico obteve um informação de que na semana que vem a a diretora da Associação Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas), irmã Ubaldina Souza e Silva, conversará com a categoria na semana que vem, porém para discutir sobre o parcelamento dos salários e não sobre o pagamento. Além disso, a diretora teria dito também que não fará o contrato com os médicos antes de elaborar um novo contrato com o Estado. Informação que, segundo o médico não condiz com o que vinha sendo tratado.

A maternidade está fechada desde o dia 1º de novembro em função dos salários atrasados. Ainda conforme Manoel, o maior problema é a não garantia dos pagamentos futuros. Segundo o médico, não adianta voltar a trabalhar sem uma negociação e correr o risco de os serviços paralisarem mais adiante.

A situação dos médicos cirurgiões da Casa de Saúde é parecida, pois eles estão há quatro meses sem receber (agosto, setembro, outubro e novembro). Porém, ao contrário da maternidade, os serviços continuam funcionando. Conforme o médico ginecologista e cirurgião Márcio Saciloto, a situação se tornou insustentável:

- A meu ver, a situação é grave. Não vejo uma solução a curto prazo. Nós precisamos do empenho da sociedade e dos políticos da região para poder socorrer o hospital, porque, realmente, eu não estou vendo com bons olhos a entrada do ano. Seguimos trabalhando porque pensamos na população e na própria Casa de Saúde. Com certeza absoluta, a maternidade não abre em 2017 - ressalta Márcio.

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A categoria decidiu que, se nada mudar, a situação será analisada em janeiro. Até lá, as cirurgias devem continuar.

A reportagem tentou contato por telefone e por mensagem com o administrador da Casa de Saúde, Rogério de Carvalho, e com a irmã Ubaldina Souza e Silva, diretora da Associação Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas), instituição que administra o hospital, mas não obteve retorno.

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